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Ataque russo com mísseis e drones deixam ao menos quatro mortos em Kiev
Ataque russo com mísseis e drones deixam ao menos quatro mortos em Kiev / foto: Roman PILIPEY - AFP

Ataque russo com mísseis e drones deixam ao menos quatro mortos em Kiev

Ao menos quatro pessoas morreram neste domingo (28) em Kiev em um novo ataque russo envolvendo centenas de drones e mísseis que durou várias horas, informaram as autoridades locais.

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A Polônia, que faz fronteira com Ucrânia e Rússia, enviou caças para proteger seu espaço aéreo após o bombardeio, depois que a Otan acusou Moscou de estar por trás de uma série de violações do espaço aéreo da Aliança Atlântica.

A Rússia afirmou que o alvo do bombardeio deste domingo eram "empresas do complexo militar-industrial ucraniano".

Timur Tkachenko, chefe da administração militar da capital, informou que quatro pessoas morreram, incluindo uma menina de 12 anos.

Os serviços de emergência informaram que o corpo da menina foi encontrado nos escombros de um prédio residencial de cinco andares no bairro Solomiansky, onde duas pessoas também morreram em um centro de cardiologia.

Em Kiev e arredores, o bombardeio russo deixou pelo menos 27 feridos, disse Mikola Kalashnik, chefe da administração militar da região da capital.

Anna, moradora de Kiev de 26 anos, afirmou que seu apartamento ficou coberto de cacos de vidro após o impacto.

"Fiquei em choque, então não ouvi muita coisa (...), mas ouvi um foguete voando por um longo tempo, e então houve uma explosão e as janelas explodiram", disse ela.

Além disso, 40 pessoas ficaram feridas em outras regiões, de Sumy, na fronteira com a Rússia, ao sul, em Odessa e Zaporizhzhia, passando por Cherkasy, no centro, e Nicolaiev, informaram as autoridades ucranianas.

Os esforços diplomáticos para encerrar o conflito — liderados pelo presidente dos EUA, Donald Trump — estagnaram, e a Rússia declarou sua disposição de seguir com a invasão iniciada em fevereiro de 2022.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que "o Kremlin se beneficia da continuidade desta guerra e do terror enquanto lucrar com a venda de energia" e pediu maior pressão sobre a Rússia.

A Rússia lançou 643 drones e mísseis, incluindo bombas planadoras, sobre o leste, centro e sul da Ucrânia, informou o Estado-Maior ucraniano.

O Ministério da Defesa russo informou neste domingo que suas forças derrubaram 41 drones ucranianos durante a noite.

- "Reforçar a vigilância" -

As forças armadas da Polônia também indicaram que posicionaram caças em seu espaço aéreo e que os sistemas de defesa aérea terrestre estão em alerta máximo após o ataque russo deste domingo na Ucrânia.

Nas últimas semanas, vários países europeus acusaram a Rússia de incursões que violaram seu espaço aéreo, utilizando drones e caças, atos que a Otan considera um teste à sua capacidade de resposta.

A Rússia nega estar por trás dessas incursões ou que tenha planos de atacar países da Otan.

Nesse sentido, a Otan anunciou neste domingo que "reforçou a vigilância" na região do Báltico, após a Dinamarca ter relatado esta semana intrusões de drones em seu espaço aéreo, o que forçou o fechamento de vários aeroportos por horas.

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, reclamou que seu país foi acusado de "praticamente planejar um ataque contra os países da Aliança Atlântica e da União Europeia".

"A Rússia não tem, e nunca teve, tais intenções. Mas qualquer agressão contra o meu país desencadeará uma resposta decisiva", declarou.

Mais tarde, em declarações a jornalistas, Lavrov afirmou que, se algum país derrubar aeronaves no espaço aéreo russo, "se arrependerá".

Zelensky anunciou no sábado que recebeu, pela primeira vez, um sistema americano de mísseis de defesa aérea Patriot de Israel e que em breve receberia mais dois.

Israel, apesar de sua estreita relação com os Estados Unidos, inicialmente tentou permanecer neutro no conflito, mas seu objetivo de manter laços cordiais com a Rússia foi prejudicado pela reaproximação do país com o Irã e pela condenação de Moscou à guerra em Gaza.

S.Taylor--PI