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Denunciado pela PGR, Bolsonaro critica 'regime autoritário' que fabrica 'acusações vagas'
Denunciado pela PGR, Bolsonaro critica 'regime autoritário' que fabrica 'acusações vagas' / foto: Chandan Khanna - AFP/Arquivos

Denunciado pela PGR, Bolsonaro critica 'regime autoritário' que fabrica 'acusações vagas'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) denunciou, nesta quarta-feira (19), o "regime autoritário" que fabrica "acusações vagas" para perseguir opositores, após ser denunciado como suposto líder de um tentativa de golpe de Estado em 2022.

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"Todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias", escreveu Bolsonaro na rede X, em sua primeira reação após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na terça-feira à noite.

"A cartilha é conhecida: fabricam acusações vagas, se dizem preocupados com a democracia ou com a soberania, e perseguem opositores, silenciam vozes dissidentes e concentram poder", continuou o ex-presidente.

"É assim na Venezuela, onde [Hugo] Chávez e [Nicolás] Maduro acusavam oposicionistas de golpistas. É assim na Nicarágua, em Cuba e na Bolívia", continuou, acrescentando que "o mundo está atento e seguiremos fazendo nossa parte para que todos saibam o que se passa hoje no Brasil".

Bolsonaro, de 69 anos, e 33 colaboradores foram denunciados pela PGR por um plano de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de outubro de 2022, vencidas pelo petista.

O ex-presidente foi acusado de vários crimes, entre eles "golpe de Estado", "tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito" e "organização criminosa armada".

Após receber a denúncia da PGR, agora cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) analisá-la e decidir se julgará o ex-capitão do Exército, alvo de outras investigações judiciais e que foi tornado inelegível até 2030 por ter questionado sem provas a confiabilidade das urnas eletrônicas.

Se for processado e considerado culpado por todos os crimes, Bolsonaro pode enfrentar até 40 anos de prisão, de acordo com o Código Penal.

Lula disse que seu antecessor terá "que pagar" se a Justiça determinar que ele é culpado de liderar a tentativa de insurreição contra ele.

"Se os juízes julgarem e concluírem que são culpados, [Bolsonaro e seus colaboradores] terão que pagar pelo erro que cometeram", afirmou Lula, nesta quarta-feira, em Brasília, em um ato ao lado do primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

B.Roberts--PI